terça-feira, 4 de março de 2008

Mariana

Mariana foi uma de minhas grandes surpresas. A conheci por indicação de um amigo, apenas por seus, digamos assim, atributos visuais. Uma das grandes e boas surpresas do sexo extra-matrimonial pago é conhecer gente interessante onde se imaginava haver apenas o vácuo cerebral e uma certa melancolia intrínseca, algo como a figura do palhaço chorando, alguém que se pinta e se transforma apenas pelo riso, ou prazer, dos outros, mas que no fundo é apenas alguém que não tem para onde ir.
Mariana foi diferente de tudo isso. Mariana lia, e lia Nietzsche e Schopenhauer, e ouvia Clash e Gardel. A grande, inevitável e hipócrita pergunta sobre o porquê dessa vida, nunca a fiz, e desconfio que não iria ter uma resposta se fizesse. Talvez porque não exista uma resposta, ou porque a reposta deva ser tão óbvia que escapa aos dedos de perguntado e perguntador.
Mariana era tão magnética, tão divina, que demandava a concentração simultânea dos 5 sentidos. Não era possível escutá-la sem querer vê-la, tocá-la sem querer prová-la.
Acho que Mariana não deve ter sido feita mesmo para o egoísmo de um homem. Foi feita para o mundo, pertence a todos, mas não é de ninguém. Em minha imaginação, Mariana já foi cortejada por reis e presidentes, e sultões e magnatas. E se de fato não o foi, é clara demonstração da inépcia de seus acessores, pois Mariana é o que lhes pedem seus soberanos, assim como faziam seus pais e os pais de seus pais. Já têm a descrição, falta-lhes o nome. Mariana.
Onde quer que esteja, Mariana, aprendi que não devo lhe pedir fidelidade, carinho, juras de qualquer espécie. Mariana, apenas te peço, que te recordes de mim.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Na boca do lixo, ou, A pior de todas!!

Visitando um cliente distante, na zona leste de São Paulo, passo por uma avenida onde 9 da manhã já se vêem algumas garotas na rua, do outro lado da avenida. Tinha tempo de sobra e a monotonia imperava, pois tinha que enrolar para não precisar voltar pra empresa. Resolvi então viver uma aventura diferente, por volta de 11h resolvi parar e perguntar o preço. 20 reais, ela indica o drive-in ao lado. Desconfortavel no carro, ela insiste em pergarmos um quarto, um pulgueiro com uma cama e um armário velho por mais 20 pila. Chegando lá ela só abaixa a calcinha e vira de costas, não pode tirar a roupa nem as calças, tem que fazer o serviço todo ali de pé mesmo, quase não conigo dar conta de tão trash que era o lugarm um cheiro sovaco horrível no quarto, e ela gemendo falsamente e me apressando. Não deve ter demorado 5 min, serviu pra eu jogar literalmente no lixo o meu dinheiro e nunca mais cair numa roubada dessas!

Relaxamento manual?

Alguns meses depois da experiência no apartamento, sempre sem muito dinheiro, resolvi conhecer uma "casa de massagem" recomendada por um amigo. Ligo lá para saber qual era a do lugar, afinal era minha segunda experiência nesse meio, e o nervosismo era grande. Atende uma voz quase de telemarketing, que rapidamente informa "massagem com relaxamento manual 30, terminando com oral 50 e o resto a combinar com a gana hora". Endereço na mão, espero um dia propício na semana para ir conferir o local. A casa obviamente não tinha qualquer tipo de identificação, em um bairro residencial de classe média. Toco a campainha e atende uma bela morena de nome Manuela, cabelos negros lisos estilo chanel, pele bem branca, baixinha e magrinha. Ela rapidamente repete as informações ditas ao telefone. Me convida para sentar em um sofá duvidoso e explica que irá pedir para cada uma das garotas se apresente. Entram uma por uma umas cinco moças de largo sorriso e aparência aquém do que eu estava disposto a aturar aquela noite. Apresentações encerradas, volta Manuela e secamente pergunta "e aí?". Já ia me despedindo quando a idéia mais óbvia finalmente formou-se em meus assustados neurônios, e meio sem jeito perguntei se ela mesma não estaria disponível. Pode parecer óbvio que sim, mas eu não sabia oras! Claro que estava, ela me acompanhou até um quarto safado, parte mercantil acertada ela se retira por um breve instante e depois voltou cheia de amor (e muito mais) para dar.
Dessa vez que a moça não estava gripada quis colocar à prova o mito de que as prostitutas não beijam na boca para não apaixonarem-se. Pelo menos no caso da Manuela é verdade, e quando perguntei se era isso mesmo ela fez uma cara muito tristinha e só respondeu um nada enigmático "quem sabe...".
No final, ao me preparar para ir embora, ela pergunta se eu não estava deixando nada, como quem diz "como vc acha que vai embora sem a chave do carro?". Olhei em volta e estava tudo certo, então só fiz aquela cara de "acho que não...", ao que ela responde com a cabeça baixa, já saindo "só eu né...".

Fiquei triste.

Primeira vez

Todo homem tem fantasias de transar com uma mulher escultural, e muitas vezes o caminho mais curto para isso é contratar os serviços de uma garota de programa. Comigo não foi diferente, mas ao contrário de muitos amigos, aconteceu só lá pelo fim da faculdade, quando eu já fazia estágio e ganhava algum dinheirinho. Estava sozinho em casa, morrendo de medo liguei para um anúncio de internet com uma linda mulher de cabelos negros molhados. O que me apareceu foi uma mulata de corpinho até razoável, mas com uma voz rouca (estava gripada!) e diferente da que me atendeu ao telefone. Tava na cara que eu tinha sido enganado, mas como dizem em Piracicaba, "já que tá que fique". Tirei minhas fotos das paredes e coloquei um colchão na sala, e disse que o partamento era emprestado, com medo que ela pudesse sei lá, me marcar para um futuro roubo. Era só mais uma entre tantas preocupações. Hoje dou risada ao lembrar-me disso, mas na época eu suei frio de tensão, em vez de tesão! Estava vestida com uma minissaia e uma blusinha, jeito bem de puta mesmo, apesar de eu ter pedido uma roupa discreta, para não dar muito na cara para os vizinhos. Pediu para eu tirar a roupa e ficou só de calcinha, então iniciou um boquete muito bom sem camisinha, passando as mãos pelo meu peito, mas eu de tão nervoso mal pude apreciar o momento. Depois fui me soltando mais e pude aproveitar o resto da brincadeira numa boa. Mas confesso que fiquei mais nervoso do que na minha primeira vez, que tinha sido muito tempo antes, com a minha primeira namorada. No final a garota pediu uma toalha e tomou um banho, pegou a grana e se foi. Antes eu achava que poderia me apaixonar, que ia ser uma coisa vazia, mas foi até legal, uma experiência diferente. Comecou aí minha vida imoral...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Primeiros passos

Sempre tive a idéia de criar um blog, mas faltava um conteúdo que fosse ao mesmo tempo interessante e representativo do meu dia-a-dia. Trabalho, família, amigos, nada disso se encaixa no quesito interessante, então resolvi compartilhar meu outro dia-a-dia. Que pode ser imoral, ilegal, sacana ou até pervertido, mas que é compartilhado por muitas pessoas, que inclusive podem ser seus insuspeitos pais, filhos, chefes, e claro, maridos. Por isso que concordem vocês ou não com minhas atitudes, o que descrevo aqui é a realidade que está próxima de todos nós.

Abraços